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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

Foto e biografia: Wipédia

 

LUC DURTAN

(  FRANCE  )

 

 Luc Durtain, nome verdadeiro André Robert Gustave Nepveu , nascido em 10 de março de 1881 em Paris, morreu em 29 de janeiro de 1959 em Paris é um médico francês que se tornou poeta, romancista, dramaturgo e ensaísta do período entre guerras.

Luc Durtain passou a infância em Paris, Argel e depois em Marselha, antes de se tornar otorrinolaringologista.
Em 1906 , publicou um primeiro romance com influências impressionistas , The Necessary Stage . No ano seguinte, em 1907 , surge uma coletânea em versos, Pégase , com matizes modernistas e que antecipava a ousadia dos dadaístas do pós-guerra.
Notado pelos seus contemporâneos, incluindo Paul Eluard e Apollinaire , foi especialmente notado em 1909 por Jules Romains , que o apresentou um ano depois aos membros da Abadia de Créteil  : tornou-se amigo íntimo de Charles Vildrac e Georges Duhamel , dois dos os fundadores deste falanstério literário.
É então um poeta da “nova geração” agrupada em torno de Júlio Romano que “procura contrariar as divagações do simbolismo reconectando-se com a descrição da realidade e das pessoas”.

Para ler a biografia completa visite a Wipídea:
https://fr-m-wikipedia-org.translate.goog/

 

TEXTO EN FRANÇAIS  -  TEXTO EM PORTUGUÊS


ALMEIDA, Guilherme de. POETAS DE FRANÇA. São Paulo: 1936.

                                                                  Ex. bibl. Antonio Miranda

        

  AUBE DE SAINT-PAUL

On entend cent cris d´oiseaux : deux ou trois savent
chanter,
Tour les autres jacassents, frappent, ou grincent avec
des  bruits d´essieu mal graissé…
Voilà pour l´oreille ! Pour l´œil,
Devant l´aube, rose et azur risqués à touches timides,
Se lève — parmi les palmiers et les araucarias,
Parmi les premières fumées de usines, coton
et café —
La grande poussière rouge de la journée, la couleur
souveraine qui pénètrera tout :

Empourprant les arbres du chemin, les poteaux télegra-
phiques, la grande haie de bougainvillers
Et même les mules, attelées par six aux chariots que
conduisent des Nègres, des Japonaiss, des Scandi-
dinaves,
Ces musles blanches qu´elle repeint,
Robes vermillon, têtes bleues.

Dans les usines, la presse à coton «construite à Burlington,
Alabama, U. S. A. »
— Machoires terribles, serrées, l´aiguille au cadran
marquant les dixièmes d´atmosphère —
Travaille déjà, lâchant balle après balle.
Chaque balle vêtue de rude toile et ficelée d´acier,
énorme et cubique comme une armoire :
Tes futures armoires à linge, vieille Europe! draps et
mouchoirs et caleçons et serviettes…
Et les grains de café dansent derrières la glace, au vnet
du «cyclone »
«Construit a São Paulo », celui-lá.
Orgulleux Saint Paul ! avec ses usines, ses rancunes :
Saint Paul, qui, du Golfe au Matto Grosso,
Pèse comme un bloc d´acier. Et c´est lui qui semble
Tirer en bas tour l´Amérique, tirer le Brésil
Vers les pensées qui reçoivent le contact du Pôle.
Car c´est en vain que le continent  bombe sous l´Equateur
et que les tropiques comme des voiles se gonflent,
Le lourd Saint-Paul cale le Brésil comme un ancre.

Cependant une vache meugle, à l´s europénne, dans
l´enclos d´eucalyptus,
Et les perruches et les palombes volent dans les palmes
et les lianes, tandis que les collines allignent par
milliers leurs caféiers,
Et l´soiseau-mouche vibre et fuit, tourbillonant comme
une âme,
Et mont au viel, ainsi qu´une étoile devançant la Croix
du Brésil,
Le hautain soleils de Saint-Paul.

 

TEXTO EM PORTUGUÊS

Tradução de Guilherme de Almeida.

 

 Alvorada paulista

Ouvem-se gritar cem pássaros: dois ou três sabem
cantar,
Todos os outros palram, vibram, ou guincham num
ranger de eixos sem graxa...
Isso, para os ouvidos! Para os olhos,
pinceladas tímidas,
Ergue-se — entre palmeiras e araucárias,
Entre as primeiras fumaradas das usinas, algodão e
café —
A grande poeira rubra do dia, a cor soberana que vai
penetrar tudo:

 

Vermelhando as árvores do caminho, os postes telegráficos,
a grande cerca de bougainvillers”,
E até mesmo as bestas, jungidas de seis em seis às
carroças conduzidas por Negros, Japoneses, Escan-
dinavos.
As bestas brancas que ela retoca,
Vestidos escarlates, cabeças azuis.

Nas usinas, a prensa de algodão “feita em Burlington,
Alabama, U. S. A.”
— Mandíbulas terríveis, cerradas, o ponteiro marcando
no quadrante os décimos de atmosfera —
Trabalha já, soltando fardos sobre fardos.
Cada fardo vestido de estopa grossa e atado por cintas
de aço, enorme e cúbico como um armário:
Teus futuros armários de roupa branca, velha Europa!
lençóis e lenços e ceroulas e toalhas...

E os grãos de café bailam atrás do vidro, à ventania
do catador
“Feito em S. Paulo! com seus homens ásperos, suas
mulheres finas, seus algarismos, sua usinas,
seus rancores:
São Paulo, que, do Golfo a Mato Grosso,
Pesa com um bloco de aço. E sé ele que parece
Puxar para baixo toda a América, puxar o Brasil
Porque é em vão que o continente arfa sob o Equador
e que os trópicos incham como velas,
São Paulo pesa mantendo o Brasil como uma âncora.

No entanto uma vaca muge, à moda européia, no cercado
de eucaliptos,
E os  periquitos e as rolas esvoaçam entre as palmeiras
e os cipós, enquanto as colinas perfilam por
milhões os seus cafeeiros,
E o beija-flor vibra e vai-se, rodopiando como uma alma,
E para o céu, como uma estrela antecipando do Cruzeiro
do Sul,
Sobe o sol altivo de São Paulo.

*
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Página publicada em junho de 2024


 

 

 
 
 
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